Bia Medeiros: traços
e tratos
Galeria Elefante
8 de novembro > 12 de dezembro
13 de dezembro > 17 de janeiro
Desenhos traçam linhas, traçam corpos, bordas, acentos e
certos perfumes. As tintas podem ser amora, romã, pitaya ou jamelão. A
exposição Bia Medeiros: traços e tratos
revela desenhos, fotos, rabiscos, imagens de uma trajetória desviante do que se
entende, hoje, pelo trabalho desta artista que, sendo gravadora de formação, desliza
pela performance, trabalha em grupo (Corpos Informáticos), e jamais deixa
desejos, pensamentos, corpo e dedos inquietos lentos.
O que se vê é, em sua maioria, inédito, ainda que sejam
desenhos e gravuras que datam de 1984 a 2014. Tratos que Bia Medeiros,
professora da UnB, traça nos momentos de silêncio que lhe restam na enxurrada
de trabalho que representa a carreira acadêmica
e a coordenação do Corpos informáticos.
A exposição se
quer traços que se rabiscam, tratos que não cessam de ventar, assim a exposição
se renovará a cada respiro tendo dois meses de duração e duas vernissages:
outras possibilidades para rever o inaudito.
Vernissage:
8 de novembro de 16 às 21 horas.
Re-vernissage:
13 de dezembro de 16 às 21 horas.
Bia Medeiros foi
presidente da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP)
de 2003 a 2005, foi representante da área de Artes na CAPES, MEC, de 2005 a
2010, fundando e avaliando cursos de Pós-graduação em Artes em todo Brasil, foi
suplente na cadeira de Artes Digitais no
Conselho Nacional de Cultura, MINC, de 2007 a 2009.
A
escrita da arte nunca se distanciou de seu corpo em meio a tantos afazeres
entendidos não como burocracia, mas como posicionamento político no terreno
maroto e escorregadio de (des) governos. Corpos Informáticos também atua no
terreno político insuflando videoarte, webarte, performance, composição urbana
como linguagens da arte. Performance, corpo, política é um dos sites do grupo (performancecorpopolitica.net).
Em
seus desenhos, fotos, rabiscos o que Bia Medeiros busca é outra política,
diferente da discutida em Ministérios, diferente da gritada, em gritos surdos,
na performance: são traços diretamente das veias da pele que não cala a mais
profunda política, aquela que fala de desejo. Rastros, trecos, troços que
deixam à mostra o que a máquina urbana consumista quer calar: o corpo. Bia
Medeiros responde: PORRA NENH UMA.
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