Composição Urbana: surpreensão e fuleragem[1]
Maria Beatriz de
Medeiros
Natasha de
Albuquerque
Arte
como vida, arte como mundo, arte como estratégia visual; arte para dançar, para
protestar, ou simplesmente como fuleragem. Arte como alívio, arte como
percepção e afecto. Outros caminhos:
simples perambular que gera arte, parte, anzóis ou apenas jogo de palavras que,
por remexê-las, re-vela um outro.
A
arte não tem função comunicativa, nem busca novas ideias. Comunicar é
transmitir conteúdo traduzível em linguagem, logo, inteligível. A arte toca os
onze sentidos e o sentido. Evidenciar não basta. “Não mais representar o
visível, mas tornar visível” (KLEE, 1920, p. 34). Preferimos dizer: Não mais
representar o visível, mas tornar sensível (tato, olfato, visão e cegueira,
audição e silêncio, paladar, tesão, propriocepção, equilíbrio e desequilíbrio).
A arte pode ser andar de mãos dadas consigo mesmo, parar, e perceber a
imensidão disso e do que está ao seu redor: corpo próprio, urbis ou internet.
Desenho é risco.
Coletivo Poro. Belo Horizonte, 2010. Foto: Coletivo Poro.
Sentir
que se é, e estar no mundo, traz a talvez possível liberdade de remexer nos
meios-espaços de meus/seus/nossos percursos. Há liberdade? Os espaços são
públicos? Que espaços são realmente públicos? A rua? A praça? Estes são espaços
da polícia. Grafitar é proibido, namorar é difícil. Andar armado, se for
camuflado, pode. A polícia pode, ao dito bandido impõe-se o poder. Shoppings,
cinemas, igrejas, lojas, enfim, quase tudo, é espaço policial. Que espaço para
uma arte que quer sair dos espaços institucionalizados para se tornar pública:
arte de rua, arte na rua.
Alguns
dizem “intervenção urbana”. Corpos Informáticos (imagem 1) declara: não fazemos
intervenção,[2]
nem intervenção urbana, nem intervenção cirúrgica, estas invadem, rasgam,
rompem e implantam o que, na urbis,
na internet ou no corpo, não cabe.
Imagem
1: Kombeiro (detalhe). Corpos
Informáticos.
Brasília,
2011. Foto: Alexandra Martins
Outros dizem “interferência urbana”. Interferir fere como faca amolada. O governo interfere na economia, alguém interfere no pensar do outro, ruídos interferem na transmissão das emissoras de rádio, raios cósmicos podem interferir no funcionamento de equipamentos eletrônicos.
A arte pode ser intervenção ou interferência urbana. Corpos Informáticos quer, e prefere o termo, “composição urbana”. A composição urbana não interfere nem intervém, compõe e decompõe com o corpo próprio, com o corpo do outro, com o espaço “público”, com a internet.
Deleuze assim comenta Spinoza:
Cada vez que um corpo encontra outro, há relações que compõem e relações que decompõem [...]. Mas a natureza combina todas as relações em um só tempo. Logo, na natureza, em geral, o que não para é que todo tempo há composições e decomposições de relações. Todo o tempo, pois, finalmente, as decomposições são como o contrário das composições. Não há nenhuma razão de privilegiar a composição de relações sobre a decomposição já que as duas vão sempre juntas (DELEUZE, 1981) [3]
O
artista, no mundo, é vida, participa da vida, traz vidas às pessoas-robôs,
permeia os porquês. O artista na rua, seja ela física ou virtual (internet),
compõe e decompõe. A composição urbana evidencia o delírio que a
cidade-sociedade passa e passa correndo sem ver, ouvir, tocar ou massagear.
Compor é massagear os espaços, aí implantar desvios, rios, meandros antes
invisíveis. Compor é fuleirar de maneira mixuruca, vagabundear na
política sem partido, sem camisa, com vento, fazendo evento, mesmo que isto
seja sério e implique escrever texto e ganhar editais.
A
passividade (entendida como ato de passar, passar sem perceber) do ser humano
atual faz o corpo correr, tudo se apressar e a vida passar, a mente morrer, a
arte calar nos museus caros ou nas galerias inacessíveis aos errantes.
O
artista é um fugitivo, traidor, desconfia das
regras, dos espaços ditos públicos e da civilização. São civis? Ou são
militares? Civilização ou militarização?
O artista é capaz de mostrar ao plano do ser humano civilizado, outros
lados do quadrado (imagem 2).
A arte contemporânea que não
consegue ser conceituada por teóricos, críticos, historiadores da arte, aquela
que é heterogênea, múltipla, diversa, dispersa, que foge das regras, normas e
bordas pode ser fidelidade às tendências, às instituições legitimadoras,
fidelidade ao mercado, enfim, uma fidelidade capitalista. Pode também ser
traição. E é esta arte que nos interessa, isto é, a arte contemporânea como
traição. Tragam suas traíras! (MEDEIROS
et al., 2009, p. 899).
Imagem 2:
Projeto Maria Pinta buracos.
Natasha de Albuquerque.
Brasília (locais diversos), 2012. Foto: Natasha
Albuquerque
A
arte torna-se quando compõe e decompõe com um cotidiano. Natasha de Albuquerque
tece na rua a diferença inesperada: compõe com o asfalto estragado, decompõe
com a cidade planejada de Brasília assinalando o erro, o desespero daqueles que
creem viver perto do poder.
O
cotidiano é, por excelência, desavisado. O aviso não trai, compartilha os
meandros do poder: AI 5, Bienal, galeria, marchand, curador. A arte na rua tem
como curador o gari, o marchand aqui é o corpo do outro que se desviou do
trajeto, a galeria se rompeu, escorreu e se ocultou nas fachadas espelhadas. A
rua não tem bienal, ela é atual, real, inaugural. O AI 5 aqui é a polícia que
pelo sim pelo não por qualquer meio tem sempre razão: os espaços públicos são
da polícia.
Galerias
solicitam anticorpos. Ninguém se surpreende. Arte é surpreensão, arte de rua interpela e surpreende. O que está dentro
da galeria se torna artifício. Esta tem certa fixidade, não dialoga com o mundo-cidade nem com o corpo errante.
Pensemos no trabalho do Coletivo Poro[4] (imagens
3 e 4). Trata-se de “reivindicar a cidade como espaço para a arte”. Solto,
puro, aberto o trabalho surpreende e compõe. A decomposição criada é pura
poesia.
A
partir do momento em que a arte sai do pedestal, da moldura, e de sua
imobilidade, deixa de ser monumento e passa a ser momento. Torna o espectador,
expectador (aquele que está na expectativa): espera, surpreensão. A fuleragem surpreende, mente e ri.
A
arte, desde então, propõe ser viva, se inscreve numa dimensão de existência,
influencia o espaço e se deixa influenciar pelo lugar, transita em seus
sentidos. O artista que compõe com o espaço urbano como seu “ateliê”, transita
como um “corpo em delírio ambulatório pela cidade” (NASCIMENTO, 2011, p. 35).
Ele é responsável por romper com a ilusão da arte e cria efeitos paradoxais
sobre o real. Arte na rua, ou no espaço também coletivo da internet, realiza
(de)feitos contínuos na esfera da vida, é confundida com a própria vida, e
surpreende a rotina da cidade cinza.
O artista- integrado
ou apocalíptico que seja- não pode deixar de existir no contexto social, na
cidade, não pode deixar de viver suas tensões internas. A economia do consumo,
a tecnologia industrial, os grandes antagonismos políticos que delas derivam, a
disfunção do organismo social, a crise da cidade são realidades que não se pode
ignorar e com a relação às quais não se pode deixar de tomar – mesmo
involuntariamente- uma posição. (ARGAN apud
CARTAXO, 2011, p. 42)
A
composição urbana não é nada, ela pode ser tudo aquilo que, em espaços de
circulação pública, renova o sentido cotidiano, ou seja, traz uma produção
sensório-simbólica, re-produz o contexto, o lugar. Ela pode ser gesto, ação,
objeto, instalação, espetáculo, arquitetura, reflexão, ou simplesmente flexão:
dobrar o lugar, criar dobras. Composição urbana pode ser
denominada como Street Art, Arte
Pública, Arte Urbana, Arte Ambiental,
e inclusive não arte. É a produção sensório-simbólica do espaço social, podendo
afirmar ou contrariar o próprio sentido de local, do local. A “obra”, muitas
vezes apenas gesto, efêmera, ou melhor, mixuruca, depende dessa relação, pois
qualquer “obra” é contaminada pelo lugar. “Obras” que criam grandes conflitos
com os espaços, muitas vezes, por sua radicalidade, são destruídas, outras
sobrevivem por longo tempo se integrando totalmente no espaço.
A composição
urbana está sujeita à intervenção humana, dos espectadores-participadores.
Corpos Informáticos prefere o termo “iteratores”. A iteração chama o
transeunte, o errante para compor com a ação. Esta é mutável em sua forma, em
seu tempo e em seus sentidos, por se expor nas ruas, vulnerável. Nada impede de
iteratores descaracterizarem a ação. Na iteração o trabalho se re-cria. Na
iteração, o iterator-propositor pode ver sua “obra” transmutada pelo
iterator-espectador.
O artista
urbano, iterator, fuleiro, pode ter o desapego (lembrando que a arte
contemporânea tem como característica elementar o fragmentado, a colagem de
contextos que reformulam os sentidos, a descontinuidade e o caráter efêmero da
obra), a consciência da finitude da “obra” e aceita os 11 sentidos.[5]
Uma “obra”
urbana eternizada como objeto, ou uma ação, é imortal somente no pensamento ou
no registro. Deleuze diria, no afecto.
Vera Pallamin (2000), em Arte Urbana. São
Paulo: Região Central (1945-1998): obras de caráter temporário e permanente,
relata a questão do lugar e do público. Segundo a autora, tanto o lugar como o
público teem suas fronteiras expandidas através da ressignificação de uma
“obra”. Corpos Informáticos prefere a-significar.
Os significados da
arte urbana desdobram-se nos múltiplos papéis por ela exercidos, cujos valores
são tecidos na sua relação com o público, nos seus modos de apropriação pela
coletividade. Há uma construção temporal de seu sentido, afirmando-se ou
infirmando-se. (PALLAMIN, 2000: p. 18-19).
A
potencialidade de “obras” fora dos espaços neutros das galerias – que de fato
nunca são neutros: espaços da burguesia- realça uma relação histórica de
lugar-tempo e afeta um público amplo e diferenciado daquele que frequenta
museus. Galerias e museus, cheias de entendedores de arte, possuem anticorpos[6] para tratar
a obra de arte como elemento separado do real e da realidade.
Composição
urbana Anticorpos. Corpos Informáticos, em frente a galeria comercial.
Exposição Aos tempos que virão.2010. Foto: Bia Medeiros.
A
composição urbana tem como possibilidade a não definição de “arte”, prefere
criar conflitos e estranhamentos com a vida, pois o impacto, aqui, é, de fato,
impacto. O transeunte distraído sai de sua zona de conforto,
depara-se com um espaço “distorcido”. A percepção do lugar está na forma como o
cidadão sente, e não na forma do lugar em si. A obra se completa no iterator,
em seus sentidos, sinuosos, fluidos e mutáveis, levando-o a caminhar por outras
direções. A composição urbana quer tornar o transeunte, o potencial iterator,
em errante. Ele
abandona sua situação de transeunte distraído, imerso em suas correrias
cotidianas, em errante.
A experiência errática, a relação
do errante com a alteridade se dá aqui de forma anônima, mas corporificada. A experiência
errática seria então um exercício de afastamento voluntário do lugar mais
familiar e cotidiano, em busca de estranhamento, em busca de uma alteridade
radical (JACQUES, 2012, p. 73).
A
“obra”, o iterator e o contexto são avivadores de sentidos. Os estudos
dirigidos para o conceito de “lugar” se deram, de maneira intensa, no site specific dos anos 1960, um reflexo
da borbulha artística do Conceitualismo, do Minimalismo e da Land Art. Estas “linguagens” da arte,
que criam obras para locais específicos, fora das galerias e museus, deslocam o
lugar da arte. No site specific se
sente e se pensa o lugar, como tal.
Imagem 5:
Obra Limpa. Rodrigo Paglieri,
Brasília, 2004. Foto: Elyeser Sturm
A
composição urbana, que se entende como política, vai além das “soluções”
encontradas para o meio. Arte é política quando o iterator-proponente age, se
move e remove o mundo, dá cambalhotas e faz o mundo dar cambalhotas: galhofa,
fuleragem, deboche e risada.
O
artista ultrapassa fronteiras estéticas por tratar não somente da forma, mas por
deixar que haja influência do mundo sobre a “obra” e influência da “obra” sobre
o contorno, entorno, retorno. A política está nas ruas, na hora de comprar o
pão na padaria de maneira errante. O artista acena para uma “espécie de
resistência passiva peculiar dos que preferem ver para não ferir os olhos; não
ouvir, para não pensar a respeito; e não falar para não pôr a prova sua
incapacidade” (LIMA, 1967: s.p.), ele precisa fazer arte. Composição urbana
trata de ambientar espaços e de trabalhar na importância da reação do potencial
iterator. Uma “obra”, em seu contexto, assinala a materialização dos sentidos
do lugar, incorpora o plano do imaginário-sensível dos habitantes. O espaço,
dito, público, aqui, é visto como sensível.
O tempo social feito da
coexistência de relações sociais com temporalidades diversas-, além de suas
relações com o passado e o presente, é também constituído, segundo Lefebvre, de
possibilidades. A realidade está carregada do possível e nela não estamos
diante de blocos de tempo justapostos. (PALLAMIN, 2000, p. 42).
Em
tempos de publicidade arrasadora em todas as paredes da cidade, em todos os
locais onde os olhos descansavam – atrás da poltrona do avião, na esteira
rolante do aeroporto, em televisões dentro de ônibus arcaicos e quentes, nas
sacolas, nas camisetas... a arte urbana é muitas vezes não percebida. Os corpos
se afogam em outdoors, faixas, “negócios e negociantes”, canta Caetano Veloso
já em 1972.
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.
(GUERRA,
Gregório de; VELOSO, Caetano. Triste
Bahia)[7]
A
publicidade virou propaganda e a propaganda está cheia de publicidades: grita,
e grita o mais alto possível para vender o impossível. A publicidade se
extravia da arte por transmitir uma ideia na função de vender. E consumo,
com-sumo com o produto ou com a ideologia. A composição urbana fuleira não é
consumo, não com-some, não some com o tempo.
Imagem
6: Fogo Cruzado. Ronald Duarte, Rio
de Janeiro, 2004.
Foto:
Wilton Montenegro
O
mundo hiperindustrial distorce o tempo do ser humano, o faz seguir o
tempo-dinheiro, seguir com pressa levando como mensagem subliminar toda
publicidade e desordem urbana que está ao redor, esquecendo de seus sentidos. O
cansaço do ser em relação às exaustivas mídias do comércio, como suas
controvérsias, esgota. Ronald Duarte cruza o fogo na rua e
derrete o coração da cidade exausta da mesmice daquilo que é imposto pelo
capital.
O
ser humano urbano necessita de composições artísticas para se desvincular,
mesmo que rapidamente, de seu ambiente entendido como comum.
O afecto permanecerá como cicatriz no
sensível. A cicatriz é sinal nomadizante por oposição aos sinais normatizantes
das cidades.
A
arte urbana busca despertar os “zumbis distraídos”. “A arte e a vida convergem
para o prazer da construção subjetiva do mundo” (MORGANA, 2006, p. 73), sendo
política, sendo ação, relação, composição e tendo posição. A posição da arte
nem sempre é clara e assim deve permanecer. Arte que expõe linguagem, que fala
demais arrisca se tornar sinal normatizante.
A
composição/decomposição urbana quer surpreender o transeunte, torná-lo errante.
Corpos Informáticos entende arte como fuleragem, como política com a
participação de iteratores.
Imagem
7: Encerando a chuva. Corpos
Informáticos.
MAM,
Rio de Janeiro, 2011. Foto: Cedric Aveline
Na
foto (da esquerda para a direita): Maria Eugênia Matricardi, Adauto Soares, iterator desconhecido, iterator:
Maria Luiza Fragoso, Fernando Aquino, Luara Learth, Diego Azambuja, Camila
Soato, Bia Medeiros, iterator: Tadeu Paschoal, iterator: Arthur Scovino,
Mariana Brites, Jackson Marinho.
Referências
AQUINO, F.;
MEDEIROS, M. B. Corpos informáticos:
performance, corpo, política. Brasília: Programa de Pós-Graduação em Arte/UnB,
2011.
CARTAXO, Z. Ações
performáticas na cidade: o corpo coletivo. VIS:
revista do PPG-Arte/UnB, Brasília, v. 10, n. 1, p. 38-45, jan./jun. 2011.
DELEUZE, G. Spinoza:
cours Vincennes. In: DELEUZE, G. Le cours
de Gilles Deleuze. 13 jan. 1981. Disponível
em: <http://webdeleuze.com/php/texte.php?cle=31&groupe=Spinoza&langue=1>.
Acesso em: dez. 2012.
JACQUES, P. B. Elogio aos errantes. Salvador: UFBA,
2012.
KLEE, P. Credo du créateur (1920). In: KLEE, P. Théorie de l'art moderne. [S.l.]:
Denöel /Gonthier, 1971.
LIMA, M. A. Arte,
antiarte ou o quê? O Cruzeiro, Rio de
Janeiro, 1967. Disponível em:
<http://tropicalia.com.br/en/leituras-complementares/arte-antiarte-ou-o-que>.
Acesso em: dez. 2012.
MEDEIROS, M. B. et al.
Arte contemporânea como traição ou tragam
suas traíras! In: 18º Encontro
da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, 2009, Salvador. Transversalidades
nas artes visuais: anais do... Salvador: ANPAP, 2009. 898-907. Disponível em: <www.anpap.org.br/anais/2009/pdf/cpa/maria_beatriz_de_medeiros.pdf>.
Acesso em: dez. 2012.
MORGANA, P. Intervenção performática
contra-institucional como guerrilha estética. 2006. 80 f. Dissertação
(Mestrado em Arte) – Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
NASCIMENTO, E. Performar o discurso: teatro,
travestismo, corpo-cidade. VIS:
revista do PPG-Arte/UnB, Brasília, DF, v. 10, n. 1, p. 29-37, jan./jun. 2011.
PALLAMIN, V. M. Arte
urbana: São Paulo: Região Central (1945-1998): obras de caráter temporário
e permanente. São Paulo: Annablume,
2000.
[1] Este texto foi originalmente
publicado no catálogo Palco Giratório:
circuito nacional. Rio de Janeiro: SESC, Departamento Nacional, 2013. Aqui,
este, se encontra revisto e ampliado.
[2] Pelo artigo 3 do Ato
Institucional número 5 ou AI-5, quinto ato de uma
série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro, nos anos seguintes ao Golpe
militar de 1964, no Brasil, o Presidente da
República podia decretar intervenção nos estados e municípios, “sem as limitações previstas na
Constituição”.
[3] “Chaque fois qu'un corps en
rencontre un autre, il y a des rapports qui se composent et des rapports qui se
décomposent [...]. Mais la nature, elle, combine tous les rapports à la fois.
Donc dans la nature, en général, ce qui n'arrête pas, c'est que tout le temps
il y a des compositions et des décompositions de rapports, tout le temps
puisque, finalement, les décompositions sont comme l'envers des compositions.
Mais il n'y a aucune raison de privilégier la composition de rapports sur la
décomposition puisque les deux vont toujours ensemble”. DELEUZE
/ SPINOZA. Curso de Vincennes, 13/01/1981. webdeleuze.com/php/texte.php?cle=31&groupe=Spinoza&langue=1
[4] “O Poro é uma dupla de artistas formada por Brígida
Campbell e Marcelo Terça-Nada! Atua desde 2002 com a realização de intervenções urbanas e ações
efêmeras que tentam
levantar questões sobre os problemas das cidades através de uma ocupação poética
e crítica dos espaços. O Poro busca apontar sutilezas e criar imagens poéticas.
Faz instalações em contextos e lugares específicos, se apropria de meios de
comunicação popular para realizar trabalhos e reivindica a cidade como espaço
para a arte” (Cf.. http://poro.redezero.org/).
[5] Quantos sentidos você, leitor,
tem? Tato, olfato, paladar, audição, tesão, propriocepção, equilíbrio, visão...
[6] Referência ao trabalho Anticorpos, realizado pelo Corpos
Informáticos, em frente de galeria comercial em Brasília, 2011. De luvas
cirúrgicas e sapatilhas higienizadas pintamos a palavra “ANTICORPOS” na frente
da galeria durante o vernissage. (Cf.
www.corpos.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html).
[7] GUERRA, Gregório de e VELOSO,
Caetano. Triste Bahia. In: Transa: Polygram, 1972. Faixa 3 (9min 47s).
Sensacional. Gostei da fuleragem !
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